Cash is king: a importância do Free Cash Flow

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A importância do Free Cash Flow

Demonstrações de resultados, saldos, balanços são termos familiares para quem lida com a contabilidade de uma empresa. Mas cada vez mais empresas, da Apple à Microsoft e Alphabet (empresa mãe da Google), adotam o Free Cash Flow como métrica fundamental.

A Apple é talvez um dos exemplos mais reconhecidos. No final de 2020, a tecnológica tinha reservas de US $193 mil milhões, valor equivalente ao PIB anual português. A empresa pode assim comprar uma variedade de negócios, investir em investigação, expandir lojas e suportar crises económicas.

Descubra o que é este conceito de gerir o cash flow e como implementar na sua empresa.

O que é o Free Cash Flow e porque deve ser uma prioridade?

O termo Free Cash Flow refere-se a quanto dinheiro “sobra” todos os meses depois da empresa pagar por tudo o que precisa para continuar a operação – incluindo edifícios, custos operacionais, equipamentos, folha de pagamentos, impostos e stock. A empresa é livre para usar esses fundos como entender mais adequado, o que originou a expressão “Free” Cash Flow.

Um Free Cash Flow positivo indica que os ativos líquidos de uma empresa estão a crescer. Isto permite saldar dívidas, reinvestir no negócio, devolver dinheiro aos acionistas, pagar despesas e proteger a empresa contra desafios financeiros futuros. Um fluxo de caixa negativo indica que os ativos líquidos de uma empresa estão a diminuir.

As empresas que privilegiam o Free Cash Flow beneficiam de uma maior flexibilidade financeira e de uma enorme vantagem competitiva em tempos de incerteza.

Um elevado Free Cash Flow permite, por exemplo:

  • Reinvestir os resultados libertados na empresa;
  • Comprar ativos, como equipamentos e máquinas, ou até instalações sem ter necessidade de recorrer a financiamentos externos;
  • Comprar participações ou outras empresas;
  • Cobrir operações de curto prazo;
  • Obter condições comerciais favoráveis perante fornecedores;
  • Adaptar a empresa perante a necessidade de se ajustar a novas condições do mercado;
  • Assegurar o pagamento de compromissos perante fornecedores e colaboradores mesmo durante períodos de crise em que as receitas caem.

Numa palavra, um Free Cash Flow elevado é sinal de flexibilidade. Por todos estes motivos, são cada vez mais os investidores e CEO que consideram que “cash is king”, ou seja, a principal métrica de sucesso de uma organização é a capacidade que tem de todos os meses libertar cash flow.

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8 boas práticas para aumentar o free cash-flow

Para assegurar a gestão de cash-flow, existem várias boas práticas a seguir.

#1 Opte por investimentos de elevada liquidez

Os investimentos de elevada liquidez, como um fundo ou uma conta a prazo num banco, geralmente não rendam tanto como outras opções como obrigações ou imobiliário. Mas ter dinheiro em mão pode ser uma vantagem mais à frente, quando a liquidez escasseia e essa capacidade oferece oportunidades únicas. As empresas que privilegiam o cash flow valorizam a liquidez acima de elevadas taxas de retorno.

#2 Otimize a estrutura de custos da empresa

Para perceber a estrutura de custos, faça o cálculo dos custos operacionais (Opex) e custos de capital (Capex), como juros e amortizações, em percentagem da receita. Por exemplo, se todos os anos paga 1.000€ em juros dos mais variados tipos e gera 100.000€ de vendas, o Capex será de 1%. Se num determinado ano essa mesma empresa estiver a projetar um índice de Capex acima de 10%, pode avaliar se é melhor adiar novos financiamentos e projeto. Assim, não prejudica o Free Cash Flow para atividades futuras.

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#3 Compre em segunda mão

A compra de máquinas, equipamentos e viaturas novos pode ter um custo inicial avultado. Existem alternativas de financiamento, leasings e rentings, mas todos acarretam custos de capital. Por isso, a compra de ativos usados pode ser a solução para libertar cash flow.

#4 Ofereça descontos para pagamento antecipado

Quanto mais cedo receber, maior o Free Cash Flow. Para acelerar a entrada de dinheiro, considere oferecer um desconto (de não mais de 3%) para pagamentos a pronto. Desta forma, dá ao cliente um incentivo para pagar mais depressa e pode utilizar esse dinheiro para outros fins.

#5 Acelere o processo de faturação

Os atrasos na faturação vão afetar o tempo de recebimento. Se tem o hábito de emitir as faturas todas ao final do mês, por exemplo, o tempo até à emissão da fatura está a prejudicar o Free Cash Flow e pode ser facilmente acelerado.

#6 Clarifique os dados de faturação

Ainda sobre a faturação, é importante saber elaborar uma fatura. As faturas devem ser fáceis de ler e ter os termos de pagamento claramente identificados. Valide previamente o momento de faturação e o destinatário do documento para evitar a devolução e atraso no pagamento.

#7 Obtenha descontos de quantidade

Se mantiver uma comunicação amigável e regular com os fornecedores, terá mais probabilidade de conseguir melhores condições comerciais. Compre em quantidade e tente gerar recomendações para os fornecedores em que confia. Depois, use a relação e perspetivas de trabalho futuro para conseguir melhores orçamentos.

#8 Venda o stock de baixa rotatividade

O stock que não vende ao preço normal pode ser colocado em promoção para gerar mais Free Cash Flow. Defina critérios de antiguidade para ajudar a gerir o stock de forma eficiente e definir o momento em que os artigos devem entrar em promoção. Não deixe que se acumulem produtos nos armazéns.

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