“Aumentar as vendas”. “Expandir internacionalmente”. “Lançar novos produtos”. Estas ideias vagas são muitas vezes tudo o que sobra de longas sessões de “brainstorming” de planeamento estratégico. Para ser eficaz, o processo de revisão e definição da estratégia da empresa deve ser muito mais rigoroso. Descubra como o fazer na sua empresa em 8 passos.
#1 Analise os factos
O output do planeamento estratégico depende do input – ou seja, da qualidade dos dados. Esta é a informação mais importante a recolher antes de começar:
- Dados internos: Como as vendas e rentabilidade por mercado, produto, categoria e segmento de cliente da empresa.
- Dados da concorrência: As vendas dos principais concorrentes, mas também os produtos que lançaram e que retiraram do mercado.
- Dados de mercado: A evolução do setor como um todo e as novas tendências de compra.
A maioria desta informação externa pode ser comprada, caso não a tenha.
#2 Desenvolva uma visão
O planeamento estratégico não é mais do que os passos que deve tomar para chegar do ponto atual a um estado desejado. Mas se esse destino não estiver bem definido, ou se não for partilhado por todos, a viagem termina antes de começar. A esse destino chama-se tipicamente “visão”, a fotografia do que se pretende para a empresa.
- Para ser útil, a visão deve ser uma fotografia de alta resolução que resume o que é o sucesso em termos claros, com clientes, mercados e produtos;
- Para ser realista, deve explicar a vantagem competitiva da empresa em cada elemento da visão: da oferta de serviços, modelo de preços ou sistema de entrega;
- Para ser acionável, a visão deve ser desenhada a pensar num período de tempo longo, por exemplo, para os próximos 3 a 5 anos, e revista anualmente.
A visão da Microsoft, no momento da sua fundação, podia ser resumida em poucas palavras: “Um computador em cada mesa e em cada casa.” Mas o que tornava esta visão especialmente poderosa era a vantagem competitiva subjacente: através da sua oferta de produtos e preços, a Microsoft podia fornecer soluções tecnológicas a qualquer pessoa.
#3 Transforme a visão em objetivos
Tendo a visão definida, está na altura de a transformar em números. Mais concretamente, em objetivos ou KPI, que ajudam a guiar a equipa. Os KPI são indicadores mensuráveis que mostram a saúde do negócio e o progresso em direção aos objetivos.
Eficiência, vendas, logística, marketing – existem KPI para todas as áreas e atividades do negócio. O segredo não está em identificar muitos indicadores, mas sim os 3 ou 4 mais relevantes para o seu negócio e fazer um bom acompanhamento e reação aos desvios identificados. Por exemplo, o custo de aquisição por cliente num determinado setor ou a taxa de conversão num dado canal de marketing serão bons exemplos de KPI a incluir. Um exemplo de objetivo seria: “Aumentar as vendas através da app de 5% do total para 8% até 2023.”
Antes de avançar, compare os objetivos com os números atuais da empresa, os dados do mercado como um todo e a informação disponível dos principais concorrentes. Desta forma, consegue ter uma melhor compreensão do nível de realismo daquilo a que se propõe.
KPIs: o que são e como ajudam o seu negócio?
#4 Defina os objetivos anuais
Depois de ter os objetivos a longo prazo, como é que isso se reflete nos objetivos já para o ano seguinte? Quanto tem de contribuir o próximo ano para assegurar que a empresa está em linha com a meta a longo prazo? Para cada objetivo a longo prazo, deve definir o equivalente num período de 12 meses, para que o possa ir acompanhando mês a mês.
#5 Defina as iniciativas
Estando definidos os objetivos, é necessário selecionar as principais iniciativas que o vão ajudar a atingir as metas propostas. As iniciativas são os projetos que vai ter que desenvolver, os processos a melhorar, os equipamentos a comprar – o que for necessário para conseguir o objetivo proposto.
Aqui também se aplica o princípio da simplicidade: devem ser escolhidas poucas iniciativas, mas com um elevado impacto. Ao todo, não devem existir mais do que 10 iniciativas chave para o período que está a planear. Acima de 10 projetos principais é difícil manter o foco, uma das principais razões que leva o planeamento estratégico a falhar.
#6 Planeie as iniciativas
A cada iniciativa atribua:
- um responsável;
- uma data de início e de fim;
- um indicador que permita aferir o progresso;
- um orçamento.
Desta forma, consegue não só acompanhar o KPI global a que se propôs, mas também o estado de cada iniciativa crítica para o sucesso.
#7 Resuma toda a informação num formato visual
Um dos principais problemas do planeamento estratégico é que é normalmente denso e muito pouco visual. Isto afasta a maior parte das pessoas na organização e torna a estratégia algo reservado a muito poucos. Um estudo recente mostra que apenas 5% dos trabalhadores compreende a estratégia da sua empresa.
Mas um bom planeamento estratégico é uma ferramenta de comunicação. Para isso é importante resumir todas as informações anteriores num único formato simples que possa partilhar e discutir com outras pessoas.
Para este fim, poucas ferramentas são tão úteis como a chamada “Matrix X”. Este template, nada mais do que uma folha A4 em formato de cruz, tem a seguinte estrutura:
- Na parte inferior ficam os objetivos de longo prazo;
- À esquerda, escrevem-se os objetivos anuais;
- Em cima, as iniciativas;
- À direita todo o planeamento associado (com responsáveis e indicadores);
- Os círculos no cruzamento de cada linha e coluna indicam a relação entre cada elemento.
É uma forma simples e visual de resumir o que tipicamente ocupa dezenas de páginas em longos relatórios. O formato é tão simples que pode até ser preenchido à mão.
#8 Acompanhe regularmente
O planeamento estratégico deve ser acompanhado, pelo menos, todos os meses. Com os responsáveis por cada inciativa, devem ser revistos todos os indicadores e identificados os desvios. A partir daí, é possível definir ações corretivas para garnatir que a organização caminha para o macro objetivo traçado.
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