Desenvolvimento de produto: 6 etapas para acelerar a inovação no seu negócio

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No seu negócio, como surgem novas ideias e como é que passam à prática? Seguem um processo estruturado, um conjunto de etapas bem definidas, desde a conceção à comercialização? Ou, em alternativa, a inovação depende de cada pessoa e todos os projetos são diferentes? 

A resposta a estas questões pode ser resumida num único conceito: desenvolvimento de produto. Descubra o que é e como o implementar de forma prática no seu negócio.

O que é o desenvolvimento de produto

O desenvolvimento de produto (ou serviço) é o conjunto de todas as atividades desde a fase de definição de conceito ou ideia até ao lançamento no mercado.

Aplica-se a todo o tipo de ideias – novos produtos ou serviços, ou até melhorias aos existentes.

Descubra as etapas que constituem o processo de desenvolvimento de produto.

As 6 etapas do desenvolvimento de produto

Tipicamente, o desenvolvimento de produto segue estas 6 etapas:

  1. Tudo começa com a identificação de uma necessidade no mercado. Uma boa ideia resolve um problema concreto. Por isso, o primeiro passo para um desenvolvimento de produto estruturado é identificar o problema que vai ser resolvido. Isto pode ser feito através de entrevistas com potenciais clientes ou de pesquisas de mercado.
  2. Quantifique a oportunidade e construa diferentes cenários. Nem todos os problemas são grandes o suficiente para justificar o investimento do tempo e recursos da sua organização. Para saber se vale a pena, construa diferentes cenários – qual é a receita que poderia obter se 1% dos clientes no seu mercado chave gostarem do seu conceito? E se for 0,5%? Ou 2%? E qual é a margem projetada em cada cenário? Nesta fase, é importante ter valores de referência para determinar se avança ou não para a próxima fase: por exemplo, só avançar a projeção for de pelo menos “x” euros em receitas no primeiro ano.
  3. Antes de começar, avalie a reação do mercado. Sempre que possível, procure testar a reação de possíveis clientes face a uma simulação do seu produto: um esquema 3D publicado nas redes sociais, uma fotografia desenhada em computador partilhada numa landing page, um pequeno vídeo explicativo. Algo simples e visual, que ilustre as suas ideias, e que permita quantificar o potencial interesse, antes de começar a produzir o que quer que seja. A partir daqui já extrai inputs importantes para o próximo passo.
  4. Crie uma prova de conceito e teste-a com utilizadores reais. Muitas vezes, as soluções parecem óbvias à equipa que as está a desenvolver. Ou demasiado complexas para os céticos. Um processo de desenvolvimento de produto robusto não assenta em opiniões, mas sim testes com clientes. Antes de investir tempo e recursos numa versão definitiva do produto, crie aquilo que normalmente se chama o “mínimo produto viável” – um protótipo simples apenas com as funções essenciais, de baixo custo. Este teste inicial é que determinará se vale a pena prosseguir com a ideia e qual o grau de adesão do público-alvo.
  5. Prepare o produto para comercialização. Com o feedback do primeiro protótipo, defina prioridades de desenvolvimento de produto:  mais do que acrescentar novas funcionalidades, concentre esforços em resolver os problemas identificados pelos primeiros clientes, incorpore as oportunidades de melhoria identificadas durante os testes e melhore as características que já existem. Deixe as restantes ideias para ciclos posteriores de otimização.
  6. Continue a iterar em ciclos curtos de feedback. Nesta fase, com o feedback das primeiras vendas, deve continuar a iterar com base no feedback dos utilizadores. Com o produto no mercado, as melhorias devem ter em conta o feedback recolhido pelas reviews, mensagens dos clientes e redes sociais.

Este é um processo macro, aplicável a diferentes indústrias e dimensões. Deve ser adequado à sua realidade. Para o fazer bem, confira estas boas práticas.

Boas práticas para otimizar o desenvolvimento de produto

Um processo claro de desenvolvimento de produto oferece às empresas uma maneira de explorar novas ideias de forma estruturada. O objetivo é garantir que o produto satisfaz uma necessidade real e ajuda a empresa a atingir os objetivos estratégicos.

Para o fazer, tenha em conta estas boas práticas.

Documente o processo de desenvolvimento de produto e siga-o à risca

Adeque o processo de desenvolvimento de produto à realidade do seu negócio e à complexidade da sua organização. Defina as etapas que fazem sentido para si e identifique os entregáveis de cada uma – aquilo que espera que a sua equipa entregue para passar à fase seguinte.

E, depois de definido o processo de desenvolvimento de produto, não facilite: garanta que todas as novas ideias, por mais promissoras e urgentes que possam parecer, passam pelas fases que definiu.

O que não quer dizer que não ajuste o seu processo de desenvolvimento de produto – deve fazê-lo de forma regular. Mas isso não invalida que o processo definido seja para cumprir.

Trabalhe em ciclos curtos de melhoria e feedback

Um dos principais erros de muitos empreendedores é trabalhar numa ideia durante demasiado tempo sem a testar no mercado. O feedback é essencial e deve ser incorporado no desenvolvimento de produto de forma regular.

Para o fazer, devem ser definidos ciclos de melhoria e feedback curtos – com frequência, por exemplo, quinzenal, mensal ou trimestral. No final de cada ciclo, é importante ter um novo protótipo para levar ao mercado e recolher feedback. Dessa forma, pode trabalhar num próximo ciclo de otimização, de acordo com a opinião real do mercado – e não gastar tempo e recursos apenas com base nas opiniões da equipa de projeto.

Defina as regras de ouro da sua organização

As organizações com processos de desenvolvimento de produto mais robustos documentam as experiências de inovação e incorporam esse know-how nos próximos projetos.

Dessa forma, evitam repetir os erros porque o que correu mal no passado é facilmente identificável. Para além disso, estas empresas procuram definir alguns princípios gerais ou regras de ouro a implementar em cada produto – como, por exemplo, “manter um preço final abaixo de X” ou “a embalagem deve ter menos de x cm” – aplicável a todos os projetos.

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Trabalhe em equipas multidisciplinares

Um erro típico é trabalhar em silos ou áreas funcionais (marketing, produção, design) que só partilham conceitos entre si quando o seu trabalho está concluído ou muito avançado.

Nesta forma de trabalhar perdem-se boas ideias que surgem da discussão interdisciplinar. Para o evitar, partilhe de forma regular o progresso que cada equipa (ou pessoa) está a fazer.

Promova a discussão dentro da sua equipa alargada – coloque os novos conceitos no centro das conversas e incentive a recolha de feedback por todos os canais possíveis.

Mantenha a informação simples

Não se perca em demasiada informação. Documente o processo de desenvolvimento numa única página, de forma a que toda a gente o consiga compreender e discutir. Faça o mesmo para as projeções financeiras do produto ou serviço, para facilitar a comunicação. Seja visual – construa imagens, esquemas e gráficos para facilitar a discussão das ideias.

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