Os 8 maiores erros que os empreendedores devem evitar

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Os 8 maiores erros que os empreendedores devem evitar

A vida de um empreendedor é uma viagem. Há momentos eufóricos e fases depressivas, períodos de grande crescimento e vales de aparente estagnação que se fazem eternos. Mas ao longo de todas estas etapas existem sempre lições. Para quem está neste caminho, é essencial aprender com os erros dos outros, para que os possa evitar. Estas são alguns dos principais.

#1 Desistir muito cedo ou demasiado tarde

Todos conhecemos as histórias: um jovem empreendedor na sua garagem lança uma ideia que, após apenas alguns meses, se torna um sucesso de vendas internacional. Mas quantos empreendedores aguentam trabalhar sem perspetivas durante longos meses (ou anos) apenas com uma ideia?

Uma das principais dificuldades de muitos empreendedores é esta dificuldade em ler o timing: não desistir demasiado cedo, sem dar tempo para testar o mercado, nem muito tarde, depois de já terem dedicado vários meses ao produto ou serviço. Porque desistir de uma ideia não é desistir de ser empreendedor, é simplesmente saber escolher as batalhas.

Como evitar: Defina metas concretas (KPI) e períodos de tempo específicos para testar as suas ideias no mercado. Por exemplo, “x” euros de vendas nos primeiros “x” meses, como mínimo para prosseguir.

#2 Expectativas irrealistas de sucesso

Faz parte da natureza de um empreendedor ser otimista. Quando lança um produto para o mercado é porque naturalmente acredita que possa vir a ser um sucesso. No entanto, em muitos casos, rapidamente se percebe que produto não tem o mercado que inicialmente se previa ou que o ritmo de crescimento será mais lento do que o esperado. Mesmo casos como o da Outsystems ou da Farfetch, amplamente estudados como startups de evolução rápida, demoraram vários anos a gerar tração.

Como evitar: Na definição de objetivos, tenha sempre em conta que o ritmo de adesão a um novo produto ou serviço é mais lento no início. Procure analisar o caso de outras empresas semelhantes e compare a data de fundação do negócio com a altura aproximada em que atingiram um volume de vendas significativo. Numa fase inicial, mais do que as vendas, o que importa é a adoção dos clientes e a Customer Experience.

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#3 O empreendedorismo como um “hobby”

O empreendedorismo é uma atividade que requer foco, disciplina e dedicação. Dificilmente será bem-sucedido se for visto como um hobby para tratar apenas ao fim de semana ou nas horas vagas. Nestas situações, as outras prioridades (trabalho, família, etc) rapidamente se sobrepõem e impedem o progresso.

Como evitar: Se o vai fazer faça-o bem. Defina um horário para desenvolver a ideia e garanta que tem a disponibilidade necessária. Caso contrário, estará apenas a desperdiçar tempo e recursos.

#4 Uma estrutura demasiado pesada

No início, as startups precisam de se manter ágeis para poder alterar o modelo de negócio e a estrutura, se necessário. É comum encontrar empresas que começam demasiado “pesadas” – com contratações iniciais ou investimentos avultados que comprometem a capacidade de mudança. Tudo isto torna a mudança mais difícil.

Como evitar: Evite decisões que comprometam a agilidade da empresa. Se for necessário, recorra a trabalho temporário e outsourcing para testar as ideias, até ter mais certezas e identificar o caminho certo.

#5 O mito do empreendedor jovem

As séries e os filmes tendem a celebrar a ideia do empreendedor jovem, acabado de sair da faculdade e com muitas ideias em efervescência. Os dados contam uma outra história: a probabilidade de sucesso de um novo empreendedor aumenta com a idade. Em particular, os estudos mostram que a idade média de um empreendedor bem-sucedido é 45 anos.

Como evitar: Antes de se lançar num novo negócio, avalie se a tem a experiência necessária em áreas como gestão financeira, coordenação de equipas, contabilidade, bem como conhecimento do setor em que se vai lançar. Se não tiver, procure que tem, discuta amplamente o projeto, e reforce a análise da concorrência. A probabilidade de sucesso aumenta quando estas características estão presentes.

#6 Resistir à mudança e novas oportunidades

O pensamento criativo e uma mentalidade disruptiva são os melhores ativos dos empreendedores. No entanto, estas característica podem fazer com que seja mais difícil abdicar de uma ideia, ou decidir alterá-la, quando se é confrontado com novas circunstâncias ou oportunidades.

Às vezes, a necessidade obriga a mudanças sísmicas: basta ver o caso da startup de lavandaria para anfitriões do Airbnb, que mudou de estratégia para oferecer os seus serviços a clientes idosos que não podiam sair de casa durante a pandemia de Covid-19. Como esta, muitas outras. Mas é mais difícil tomar esta decisão quando a mudança é mais subtil: uma estagnação de vendas ou um crescimento abaixo do esperado.

Como evitar: Com o equilíbrio certo entre resiliência e adaptabilidade. Faz sentido “forçar” um pouco a visão para testar o mercado, mas sem alguma tração inicial e indicadores concretos de que o projeto está a resultar, é necessário ter a capacidade para abandonar ou alterar a visão inicial.

#7 A empresa é um “clube” de amigos

Sabia que os problemas entre membros da equipa são a 3ª causa mais comum para a dissolução de startups? Muitas empresas começam entre amigos e família, por necessidade, conveniência ou confiança. Mas rapidamente se percebe quem está efetivamente comprometido com a startup e quem se juntou ao grupo pela convivência. O número de horas dedicadas será marcadamente diferente e é natural que daí advenham ressentimentos.

Porque falham as startups? (Top 10 motivos, 2019)

Fonte: CB Insights

Por outro lado, os amigos têm amigos, que tendem a ser as pessoas a quem se recorre quando é preciso reforçar a equipa. O resultado das empresas que são construídas desta forma é equivalente ao de um clube, onde velhas alianças se sobrepõem ao que é melhor para a empresa. Entre amigos, é mais difícil manter o discernimento para tomar decisões difíceis em prol do futuro da organização.

Como evitar: Faça uma boa verificação das contratações, para garantir que estão a ser escolhidas pessoas pela sua competência e não pela relação pessoal.

#8 Pensar na startup como um “one man show”

Muitos empreendedores cometem o erro de assumir que abrir um negócio é algo que apenas eles podem fazer. Até certo ponto, faz sentido: têm a visão da empresa e a vontade de começar. Mas, em alguns momentos, é importante saber delegar e pedir ajuda profissional para complementar as valências em falta.

Como evitar: Com sentido de autocrítica. Identifique as competências que tem, que quer vir a ter e aquelas que vai delegar. E depois, encontre as pessoas certas para o ajudar.

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