Silent Quitting: o que é, como identificar e gerir

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o que é o Silent Quitting

O Silent Quitting é um fenómeno social que se refere ao desligar emocional entre os colaboradores e as empresas em que trabalham e implica fazer apenas o trabalho para o que se foi contratado. É cada vez mais comum e com graves consequências para colaboradores e empresas.

Afeta a produtividade e motivação e pode gerar um efeito bola de neve que contagia os restantes elementos da equipa. E esta não é apenas uma tendência passageira. Importa perceber o que é, porque devem os empregadores estar atentos, e como identificar estes comportamentos nos seus colaboradores e agir em conformidade.

O que é o Silent Quitting?

O Silent Quitting ou Quiet Quitting é um movimento em que os colaboradores apenas cumprem os requisitos mínimos da sua função, sem ligação emocional à empresa. A ideia não é o colaborador despedir-se do seu trabalho, mas sim não fazer mais do que aquilo que lhe é exigido. Isto é: não trabalhar horas extra, não atender telefonemas ou ver emails fora do horário de trabalho, por exemplo.

Será este um movimento passageiro? Há quem acredite que não. Segundo um inquérito da Gallup, empresa de consultoria para organizações, os Silent Quitters representam já 50% da força de trabalho nos Estados Unidos da América. A prevalência é ainda maior em trabalhadores com menos de 35 anos.

Não contar com colaboradores realmente comprometidos com o propósito da empresa e disponíveis para vestir a camisola pode refletir-se num problema de produtividade a longo prazo. Um ambiente de trabalho com Silent Quitters vai prejudicar a moral da equipa e a capacidade de inovar. Vai tornar mais difícil o trabalho em equipa e a criação de novas soluções para o mercado. Para além disso, pode colocar em causa o recrutamento de novos talentos. E o pior de tudo é que o Silent Quitting não é fácil de identificar.

Como identificar os Sillent Quitters?

Há vários sinais aos quais deve estar atento para identificar colaboradores em demissão silenciosa. São eles:

  • O estrito cumprimento do horário de trabalho, nem um minuto a mais, nem um minuto a menos;
  • Não atender telefonemas de trabalho nem responder a emails fora do horário de expediente, mesmo em situações urgentes;
  • Deixar para o dia seguinte tarefas que foram pedidas já perto do final do dia de trabalho;
  • Não assumir mais responsabilidades sem a devida compensação.

Se notar estes comportamentos entre os seus trabalhadores estará provavelmente perante alguns Silent Quitters e deve pensar em tomar medidas.

O que fazer para evitar o Silent Quitting?

O Silent Quitting é um claro sinal de alerta de que algo não está bem e que é preciso tomar medidas para minimizar os seus impactos.

1. Promova o diálogo transparente

 Para minimizar os efeitos da demissão silenciosa, as empresas devem adotar estratégias que permitam um ambiente mais propício a um diálogo franco entre empregador e colaborador. Isto ajudará os trabalhadores a exporem mais facilmente as suas preocupações e a sentirem-se ouvidos sobre o que consideram não estar bem, ou poder ser melhorado.

2. Crie uma estratégia de employer branding

Além disso, as empresas devem adotar uma estratégia de employer branding que permita não só atrair o talento certo, como reter os colaboradores e assegurar-se de que continuam a vestir a camisola. O employer branding tem em vista a construção e manutenção de uma imagem positiva da empresa junto dos seus colaboradores. O ponto de partida para uma estratégia de employer branding são os valores que sustentam a sua empresa, a sua cultura empresarial.

Numa perspetiva mais prática, a estratégia de employer branding deve incluir formações e cursos, visitas a outras empresas, participação em webinars ou partilha de experiências com outros colegas. Há ainda empresas que envolvem os colaboradores na comunicação da marca, nas redes sociais ou internamente, que criam programas de bem-estar e desenvolvem periodicamente atividades de team-building.

3. Crie uma política de equilíbrio da vida pessoal e profissional

Estabelecer uma política interna de work-life-balance é uma das formas de prevenir este movimento dentro da sua empresa. Desta forma, estará a dizer às pessoas que se preocupa com o seu bem-estar e com o equilíbrio entre vida pessoal e profissional. Vai notar que trabalhadores mais felizes serão também mais produtivos.

Dar flexibilidade de horários, facilitar o trabalho remoto sempre que possível e conceder tardes livres no verão mediante objetivos, ou ponderar a semana de 4 dias de trabalho, são formas de ajudar a equilibrar a vida dos trabalhadores. Além disso, criar um plano de desenvolvimento de carreira irá comprovar o compromisso da empresa com a evolução individual de cada um.

Em suma, o Silent Quitting mostrou que é importante não esquecer que as pessoas são o motor das empresas e que é preciso saber motivá-las. Só com as pessoas certas e comprometidas pode focar-se em fazer crescer o seu negócio.

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